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Beatriz Terenzi

Diabetes

Diabetes

Assim como nos seres humanos a diabetes em animais domésticos também é muito frequente. O diagnóstico precoce é fundamental para que  mantenham uma boa qualidade de vida. Porém, em muitos casos, a doença só é percebida quando já está em estágio avançado.

Sinais da diabetes em animais

  • Poliúria: aumento de micções ao dia.
  • Polidipsia: aumento do consumo de água, consequência do primeiro, já que urinam mais e perdem mais líquido, sentindo maior necessidade de ingerir água.
  • Polifagia: aumento da ingestão de alimentos.
  • Perda de peso.
  • Glicosúria: urina com alta concentração de glicose, atraindo a presença de formigas..

A diabetes acontece quando há baixa ou diminuição da produção da insulina pelo pâncreas.

A insulina é o hormônio responsável por transportar o açúcar e outras substâncias do sangue até as células que os transformam em energia. Sem insulina suficiente, o açúcar se acumula no sangue do animal provocando alterações em vários órgãos, incluindo rins, olhos e coração.

 A Diabetes tipo I é mais comum em cães, principalmente nas raças: Schnauzer, Poodle, Beagle, Husky Siberiano, Fox Terrier, Yorkshire, Bichon Frisé, Lhasa Apso e Spitz, em Idade superior a sete anos e com maior incidência em fêmeas.

A Diabetes tipo II mais comum em gatos, principalmente em machos castrados com Idade superior a seis anos de idade.

As causas mais comuns são: distúrbios hormonais como o hiperadrenocortisismo, predisposição genética, além outras questões associadas à rotina de vida do animal como sedentarismo,  dieta desregulada, sobrepeso, excesso de consumo de alimentos gordurosos que podem causar pancreatite.

 Prevenção

  • Oferecer alimentação balanceada, observando as quantidades adequadas para cada raça, porte e idade.
  • Evitar petiscos  e, se quiser agradar ou oferecer recompensa utilizar somente alimentos específicos para cães, recomendado pelo  médico veterinário.   
  • Manter exercícios e passeios regulares.
  • Realizar consultas periódicas com seu médico veterinário de confiança e pedir exames de rotina. 

Muitas vezes, sem saber da diabetes, os donos só levam seus animais para uma avaliação quando ele apresenta alguma sequela proveniente da doença. Nesse caso, além da complicação decorrente da doença, ela também necessita ser tratada.

Principais consequências da diabetes em animais

  • Catarata: opacificação do cristalino, dificultando a passagem da luz até a retina, causando danos à visão;
  • Uveítes induzidas pela catarata;
  • Insuficiência renal (nefropatia diabética): deficiência nos vasos sanguíneos dos rins, o que faz com que o órgão perca a capacidade de filtrar adequadamente as substâncias que devem ser eliminadas pela urina, expulsando até proteínas como a albumina;
  • Cistite enfisematosa: infecção da vesícula urinária, por microrganismos fermentadores de glicose, caracterizada pela produção de gás no órgão;
  • Neuropatia diabética: pode ocorrer em gatos. Provoca dificuldade locomotora conhecida como andar plantígrado, no qual os felinos utilizam o calcanhar para apoiar-se no chão.

A diabetes também pode ser consequência de perigosas doenças de base como:

  • Hiperadrenocorticismo: tumor na glândula hipófise (hiperadrenocorticismo hipófise-dependente) ou nas glândulas adrenais (hiperadrenocorticismo adrenal-dependente), provocando alterações na produção do hormônio cortisol.
  • Pancreatite aguda/crônica: inflamação do pâncreas.
  • Obesidade mórbida.
  • Hiperlipidemia: concentração elevada de lipídios no sangue;
  • Hipotireoidismo: deficiência na atividade da glândula tireóide, levando à produção insuficiente do hormônio.

Tratamento

Uma vez diagnosticada a diabetes, é importante a cooperação entre todos os envolvidos e a terapia padrão inclui:

  • Aplicação de insulina pela via subcutânea, com doses estipuladas para cada animal individualmente, orientadas somente pelo seu médico veterinário.
  • Adoção de rações terapêuticas, que irão evitar elevações dos níveis de glicose no sangue.
  • Seguir as orientações do médico veterinário em relação a dose a ser aplicada para evitar erros de superdosagem.

Recomendações

  • Evite comer perto do animal.
  • Não ofereça a ele o alimento que você consome.
  • Estabeleça uma rotina para ele, com horários para alimentação e posterior aplicação da insulina.
  • Evite variações bruscas de horários e de dieta.
  • Siga rigorosamente as orientações do médico veterinário.

Agora que você já sabe como identificar sinais de diabetes em animais, fique de olho! Não espere seu companheiro adoecer para levá-lo ao veterinário. Os exames de rotina podem ser decisivos para a saúde e qualidade de vida dele!